No CEB os estudantes e o DCE aprovaram essa nota em repúdio a fraude no ingresso na UNIRIO.
Em 2010 o governo Lula apresentou o ENEM e o Sistema de Seleção Unificada como a nova forma de acesso dos estudantes ao ensino superior, com uma prova nacional, anunciando o fim dos vestibulares tradicionais. Sua implementação se baseou na democratização da educação superior e facilitação do acesso nas universidades públicas. Entretanto,o que se viu foram cortes de verbas, nos anos de 2011 e 2012 (7 bilhões de reais), pelo governo Dilma e o veto ao financiamento da educação com 10% do PIB.
Isso resulta, na prática, na ausência de políticas sociais de permanência para os estudantes, como o descaso na construção do Bandejão (prometido desde 2004), ausência de moradia estudantil e baixo valor das bolsas. Em muitos casos os estudantes vem de outros estados e se deparam com a ausência de moradia, altos preços de aluguel, alimentação e transportes, além da escassez de bolsas, impossibilitando sua permanência na universidade e conclusão do curso.
Na UNIRIO todo estudante deveria, em tese, ter entrado na instituição fazendo a prova do ENEM. Entretanto, o que temos visto nas últimas semanas é a UNIRIO no noticiário jornalístico nacional com um suposto esquema de compra de vagas nos cursos de Medicina, mais recentemente, em Nutrição, além das investigações que hoje existem nos cursos de Direito e Administração Pública. O fato é que houve uma irregularidade no ingresso de estudantes e que a responsabilidade em primeira ordem é da administração (Reitoria e Direções das escolas em questão).
O MPF e PF estão investigando os alunos suspeitos de compra de vagas, mas infelizmente a corda não pode arrebentar para o lado mais fraco. É por isso que exigimos também investigação e punição das autoridades envolvidas no caso, acompanhados pela ASUNIRIO, ADUNRIO, DCE e CA´s com representações aprovadas em suas instâncias, no caso da representação discente, o CEB.
Apelamos que a comunidade acadêmica se mobilize para que este caso não termine sem punição, pois não podemos deixar prevalecer na UNIRIO o que já virou rotina na capital federal da corrupção (Brasília), onde ministros, parlamentares e demais políticos não são punidos, apesar de suas tenebrosas transações ilegais com bicheiros, empreiteiros e banqueiros.
Por fim, propomos que a Reitoria convoque uma audiência pública para debatermos o acesso e a permanência na universidade pública, com intuito de apontar saídas diante do atual modelo e que resolva os problemas como ausência de Bandejão, Moradia Estudantil e bolsas suficientes da UNIRIO.
ATT,
Conselho de Entidades de Base e DCE UNIRIO
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